domingo, 13 de abril de 2008

O maior escritor brasileiro vivo

No blogue Da Literatura, Eduardo Pitta começa assim a sua mensagem de sexta-feira, 11 de Abril, sobre Rubem Fonseca, provavelmente o maior escritor brasileiro vivo:

"Para introduzir Rubem Fonseca (n. 1925), o maior escritor brasileiro vivo, nada como começar por citar três frases do argentino Tomás Eloy Martínez: «Nunca vou me esquecer da primeira vez que li Rubem Fonseca» / «Fonseca instala o medo ou o mal no próprio interior da linguagem» / «Nenhum escritor é mais cinematográfico que Fonseca». Em 1982, Martínez estava exilado em Caracas, e um acaso fez com que lesse Feliz Ano Novo (1973). Quando acabou Passeio noturno, um dos contos do livro, nada foi como dantes: «Essas poucas páginas bastaram para o universo de Fonseca tatuar minha alma com a malignidade de uma planta carnívora e a destreza de uma ave de rapina.» Não conheço outro juízo tão exacto."

E mais adiante:

"O som de ossos a quebrarem é música na obra de Fonseca. Quem leu Passeio noturno decerto não esqueceu o «barulho do impacto partindo os dois ossões» da mulher atropelada. Nesse conto de 1973, um executivo da alta classe-média alivia a testosterona atropelando por opção. No de agora, Diana, uma aficionada de bondage, paga com a vida o primeiro orgasmo. Nem a americana A. M. Homes consegue exprimir um tal grau de frieza."

Sem comentários: