Eu tinha um sorriso triste
Eu tinha um pressentimento
Tu tinhas os olhos puros
Os teus olhos rasos de água
Como dois mundos futuros
Entre parada e parada
Havia um cão de permeio
No meio ficava a estrada
Depois tudo se abarcou
Fomos iguais um momento
Esse momento parou
Ainda existe a extensa praia
E a grande casa amarela
Aonde a rua desmaia
Estão ainda a noite e o ar
Da mesma maneira aquela
Com que te viam passar
E os carreiros sem fundo
Azul e branca janela
Onde pusemos o mundo
O cão atesta esta história
Sentado no meio da estrada
Mas de nós não há memória
Dos lados não ficou nada
Um "artista" estrangeiro usou, numa esposição, um cão que deixou morrer de fome e sede. Este artista alegou que era para o bem da arte e está pronto para voltar a fazer o mesmo. Assina esta petição para que tal não aconteça:
3 comentários:
Este caso do artista que deixa morrer intencionalmente um cão numa exposição coloca o problema do limite ético da obra de arte e parece ser essa a fronteira que o artista passou, por isso esta mensagem é realmente pertinente e deve-nos fazer pensar. Neste caso, pensar também no poema que conta uma 'história de cão' - mas devemos identificar o seu autor!
Não aparecia o autor só a obra por isso é que não pus =P
É um poema de Mário Cesariny, do livro Manual de Prestidigitação (1923).
Enviar um comentário