Uma manhã chuvosa acordava no seu olhar,
Longe do mundo a primeira gota
Brincou com uma suavidade salgada
A frágil pestana do seu olhar
Provando o sabor da gota que
Tão igual a coisa nenhuma
Era igual a tanta coisa.
Com inesperada tristeza, alegria e saudade
De quem só agora conhece o mundo,
A gota rolou com um novo rigor
E juntou-se aos seus companheiros
Na demanda por todos os novos sabores
Daquele novo mundo de amargura.
Eram assim as manhãs chuvosas do olhar
Que com amargurada tristeza
Procurava no pequeno coração
A renovada esperança
Que faria o sol brilhar de novo
Nas profundezas do seu olhar.
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